A hidrelétrica de Itaipu quitou a dívida de sua construção após o pagamento de US$ 115 milhões referentes à última parcela nessa terça-feira, 28 de fevereiro. O valor corresponde a US$ 107 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e US$ 8 milhões para a Eletrobras, por recursos que financiaram os estudos, implementação e operação da usina, além das instalações auxiliares.

Os mais de 300 contratos envolvendo recursos foram assinados em 1973 entre cerca de 70 credores brasileiros e estrangeiros, num instrumento legal que permitiu o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná pelos dois países. Além dos já citados, os principais financiadores foram o Banco do Brasil e outras instituições financeiras internacionais, como Citibank, Dresdner Bank, Deutsche Bank, Swiss Bank Corporation e JPMorgan.

Com 20 turbinas e 14 mil MW de capacidade instalada, a binacional foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e de 86,3% do Paraguai nos últimos 12 meses e mais de 13% e 90% respectivamente dessa demanda nos últimos 10 anos.

O evento no começo da tarde de hoje não contou com as presenças das lideranças dos dois países, nem mesmo com o novo diretor-geral brasileiro da usina escolhido por Lula, deputado federal Enio Verri (PT-PR). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tinha confirmado participação, mas também não compareceu, ainda que tenha gravado e enviado um vídeo destacando os trunfos, eficiência, benefícios e o futuro da megausina para os dois países.

“A revisão do anexo C fortalecerá os laços de parceria entre brasileiros e paraguaios, com o olhar cada vez mais claro não só para as necessidades energéticas e comerciais, mas também para a melhor destinação de recursos para a população que mais necessita”, afirmou o ministro, destacando que a partir de agora, com a quitação dos empréstimos, a União terá cerca de US$ 1 bilhão a mais no orçamento por ano para investimentos em diversas áreas, trazendo mais retornos para a sociedade brasileira.

Veja parte do discurso abaixo: